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04.04.2019
O tempo da quaresma faz parte do Ciclo da Páscoa e é um tempo de preparação para a festa da Ressurreição do Senhor; começa na quarta-feira de Cinzas e vai até a quinta-feira santa a tarde e a cor dos paramentos litúrgicos deste tempo é o roxo, simbolizando a penitência. Não se canta o Glória nem o Aleluia, uma vez que é próprio da quaresma uma liturgia simples e sem o esplendor da Páscoa.
A palavra quaresma vem do latim e lembra o simbólico número 40 na Bíblia: 40 anos da caminhada do povo de Deus pelo deserto, 40 dias de Moisés na montanha, 40 dias de Jesus jejuando no deserto. Desde os séculos dois e três a Igreja reservava antes da Páscoa um tempo para a preparação daqueles que iam ser batizados ou então oferecia um tempo para os que faziam penitências por causa de seus pecados. Assim começou a quaresma.
O Concílio Vaticano II insiste que este é um tempo de preparação para as festas pascais. De modo geral, a quaresma nos recorda a Páscoa de Jesus, nosso batismo como participação na páscoa de Jesus, é um tempo de práticas penitenciais de conversão na perspectiva da renovação batismal e preparação de toda a comunidade para a Páscoa. Por isso é um tempo de espiritualidade forte de conversão em que somos convidados a intensificar a oração, o jejum e a esmola (ou caridade).
O tempo da quaresma nos conduz à chamada semana santa que começa com o domingo de Ramos da Paixão (este é o nome da celebração de ramos) e se conclui com o domingo de Páscoa. Na quinta-feira santa de manhã a Igreja celebra a missa da Unidade em que os óleos dos catecúmenos, dos enfermos e do crisma são abençoados pelo bispo na Catedral, tendo presente todo o clero da diocese.
O Tríduo Pascal, que começa depois do pôr do sol, é composto da missa da Ceia do Senhor (e dentro dela o lava pés e a transladação do Santíssimo; portanto, esta celebração não se chama “lava pés”), da celebração da Paixão do Senhor, da Vigília Pascal e vai até o domingo de Páscoa a tarde. Ao contrário do que se pensa, os dias do Tríduo Pascal são sexta (Paixão), sábado (Morte) e domingo (Ressurreição) e, mesmo que a missa da Ceia do Senhor esteja antes da meia noite, na liturgia conta-se como sexta-feira, porque o sol já se pôs. Este modo de contar os dias vem da tradição judaica.
Dessa forma, Quaresma é, como diz o Papa Francisco, ‘‘Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um ‘tempo favorável’ de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: ‘Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro’ (1 Jo 4, 19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece”.
Pe. Tiago Malanquini |
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